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Beatriz de Aquino e Diandra Guedes

Colaboração para o TAB, de São Paulo

23/10/2021 04h01

O corpo de Kric Cruz, 64, estremece com a lembrança de uma das noites mais terríveis de sua vida, ilustrada com sons altos e claros de gritos em agonia e corredores escuros, lotados de estudantes que aguardavam a vez de serem torturados.

É só nesse momento que o sorriso no rosto e o jeitão animado de Kric dão lugar a arrepios e expressões de quem guarda na pele, até hoje, os acontecimentos que viveu.

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Kric tinha 14 anos de idade quando foi pego em um assalto e transferido do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), de madrugada, ao antigo Dops (Departamento de Ordem Política e Social) em São Paulo. Foram horas de choques e espancamentos que, segundo ele, serviam apenas como exemplo — e ameaça — aos jovens subversivos que lutavam contra a ditadura. "Nosso corpo era um corpo descartável", lamenta.

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